17 de maio de 2015

A denominificação da Igreja: nomes de quem vive, mas está morta!

Os antigos romanos possuíam a mania de nomearem (darem nomes próprios) para absolutamente tudo. Assim, não só nomeavam todas as obras, construções, prédios e edifícios, como, também, davam nomes para cada parede/muro, porta/entrada, janela/vitral, sala/cômodo/câmara, corredor, caminho, pavimento, coluna/pilastra/poste, torre, jardim, canteiro, varanda, terraço, fonte, pedra/tijolo, etc. Do mesmo modo, para toda atividade, ato, atitude, tarefa, trabalho, obra, serviço, operação, movimento, grupo, ideologia, filosofia, pensamento, ideia, crença, etc. os romanos davam um nome identificador para distinguir (diferenciar, separar) dos outros (semelhantes, parecidos ou até mesmo iguais ou idênticos).

E, somado a esse hábito de dar nomes para cada pedra e ato, os romanos ainda possuíam o costume de em tudo e para tudo identificar uma pessoa responsável (chefe, líder, comandante, etc.) e inseri-la dentro de uma hierarquia de alguma entidade (ordem, poder, instituição, organização, etc.).

Desse modo aos antigos romanos era estranho, ilógico e bizarro algo não ter nome e não possuir uma pessoa responsável sujeita a uma hierarquia organizada.

Outra prática comum dos antigos romanos era, constantemente, absorver (acrescentar) outras divindades, santos, pessoas iluminadas, religiões, credos, crenças, dogmas, filosofias, estilos de vida, culturas, rituais, etc. à sua organização religiosa (Panteão romano); na qual era tudo juntado sob uma divindade central e principal que culminava na pessoa do imperador romano.

Assim, em toda e qualquer entidade, organização ou grupo, no ápice/cume da hierarquia estava a pessoa do imperador romano (que era tido e adorado como se fosse o único Deus); mesmo quando, teoricamente, a entidade ou instituição tinha como líder máximo/supremo uma divindade diversa do imperador, este era tido como o sumo representante de tal divindade ou o tal representante (se não era o próprio imperador) era submisso ao imperador. Assim, na prática, o imperador era um deus supremo e o único representante de todos os demais deuses; tal como, por exemplo, Zeus, o deus grego do Olimpo.

Quando um grupo homogêneo (uno, unido, unificado, coeso, integrado, harmônico, interligado...) de pessoas está espalhado em diversas regiões ou localidades, ele não muda seu nome, mas tão somente acrescenta a informação (que não é nome) geográfica (localidade, região); no máximo acresce (alternativa ou cumulativamente) a informação de divisão de trabalho (tarefa, função, especialidade...). Um bom exemplo disso são os antigos exércitos; apesar de um exército estar desmembrado (membros afastados, mas não separados) em várias localidades, regiões, posições ou linhas defensivas (quartéis, bases, acampamentos, castelos, fortes, fortificações, pelotões, tendas, barracas, abrigos, trincheiras, veículos, unidades, soldados, etc.) e especialidades (cavalaria pesada, cavalaria leve, infantaria pesada, infantaria leve, arqueiros, comandantes, mensageiros, médicos, suprimentos, transportes, espiões, etc.), não são grupos distintos, mas, sim, constituem a mesma e única entidade unida que apenas sofre divisões geográficas e por especialidades (tarefas).

De forma semelhante, a Igreja de Cristo, apesar da separação geográfica (continente, país, Estado, cidade, aldeia, vilarejo, distrito, bairro, condado, casa, etc.) e/ou da divisão de tarefas (habilidades, funções, dons, ministérios, graus de conhecimento, etc.) de seus membros (I Coríntios 12:4,7-10), constitui um só grupo (união de pessoas, entidade, clã, tribo, família, entidade, exército, etc.) cuja referência específica (o contrário de genérica ou geral) aos seus membros é feita de forma individual (pessoa especificada pelo nome), pelo ministério (irmão, pastor, profeta, mestre/professor, diácono, etc.) e/ou pela localização geográfica (identificação do local físico de encontros, reuniões, cultos, pregações, confraternizações, etc. – Atos 8:1, 11:22 e 13:1; Romanos 16:1,5; I Coríntios 1:2, 16:1,19; II Coríntios 8:1; Gálatas 1:2,22; Colossenses 4:15-16; I Tessalonicenses 1:1, 2;14; II Tessalonicenses 1:1; Filemom 1:2 e Apocalipse 1:4,11; 2:1,8,12,18 e 3:1,7,14).

"Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.
Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.
Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.
(...)
Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo." (I Coríntios 12:12-14,20).

"Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação." (Efésios 4:4).

No Antigo Testamento existem as divisões interna dos judeus em tribos para fins geográficos e, também, há divisões de trabalhos militares e de demais tarefas/funções, mas continuam a ser o mesmo povo.

Já, pelo contrário, quando se trata de grupos diversos (diferentes, antagônicos, contraditórios, conflitantes, separados, rivais, etc.), não se usa o mesmo nome para poder evidenciar (deixar claro, notório, evidente...) que são distintos (separados, não estão juntos). Desse modo, quando possuem algo em comum ou, até mesmo, muita coisa igual, mas possuem nomes diferentes, são adversários ou concorrentes (facções, gangues, rivais, inimigos, etc.).

Entretanto, os pretensos cristãos de hoje fazem tudo ao contrário. Em relação à unidade da Igreja, eles se dividem em grupos (panelinhas, castas, classe social, etnia, clubinhos, caciques, etc.) e, quanto à separação (isolamento, afastamento, equidistância) do Estado e do mundo secular, eles praticamente se prostituem (se não tivesse interesses escusos seria um casamento) de tão submissos e unidos que ficam em troca de favores, benefícios, vantagens, benesses, proveitos, regalias, reconhecimentos, condecorações, premiações, status social, regalias e mordomias; tais como, por exemplo, isenção de tributos à organização, deduções de impostos aos membros, privilégios aos líderes, doações do Estado à organização, etc.

A diferenciação de um cristão genuíno ou autentico de um falso cristão ou apóstata não é feita através do nome ou título que lhe é dado ou se autonomeia. Do mesmo modo, a distinção de um grupo cristão ser fiel ou ser apóstata ou farsante não é pela nomenclatura, títulos, rótulos, honrarias ou condecorações que se autopromove ou lhe são concedidas pelo mundo.

Apesar de que pela genuína (sem adulterações: Deuteronômio 4:2 e 12:32; Josué 1:8; Provérbios 30:6; Mateus 15:8-9 e 16:11-12,23; João 3:9-10, 5:39,47, 6:45, 7:15,38, 8:31, 14:26 e 16:2; Atos 17:11; I Coríntios 4:6; Gálatas 1:8; Efésios 4:14; Colossenses 2:8; I Timóteo 4:1-7; II Timóteo 3:16; II Pedro 1:21 e Apocalipse 22:19) pregação da Palavra de Deus se filtra, natural e automaticamente, os pretensos cristãos (muitos sequer suportam ouvi-la - Mateus 19:11; João 3:20, 6:60, 8:47, 15:3, 16:12 e 18:37; Atos 10:44; Romanos 10:17; I Coríntios 1:18; Efésios 5:26; II Timóteo 4:3) e, pelos frutos (obras, atos) se distingue os autênticos (Mateus 7:16 e Gálatas 5:22) dos falsos cristãos (Mateus 15:14; Atos 19:13-17), por mais que nos empenhemos em filtrar e identificar através de nosso raciocínio carnal, sempre haverá uma margem de erro que podemos cometer (alterar a Palavra de Deus e/ou confundir o trigo com o joio e vice-versa), tal como Irineu de Lyon e Saulo (que depois virou Paulo: Atos 8:1-3, 9:1-6,26 e 13:9; Filipenses 3:5-6) fizeram nos seus excessos de zelo em perseguir hereges. Somente Deus sabe quem é quem (I Coríntios 12:3). Mas, ainda assim, devemos fazer ao nossa parte (o que está ao nosso alcance) e aplicarmos os filtros determinados na medida de nossas possibilidades e tudo o mais (o que nos for impossível ou não nos convêm) entregamos a Jesus (Mateus 19:26; Lucas 1:37).

 Aos cristãos é determinado nascerem, crescerem, viverem, convierem e se socializarem com pagãos, idólatras, ateus, agnósticos, incrédulos, céticos, apóstatas, hereges... Assim, não lhes é prescrito se isolarem do mundo ou criarem uma comunidade somente de cristãos de idênticas convicções, filosofias, conceitos, ideologias, crenças, credos, dogmas, preceitos, rituais, práticas, etc. Mas, pelo contrário (Mateus 5:14-16 e 10:16-18; Lucas 7:34; Atos 20:29; II Coríntios 3:2 e II Pedro 2:7-8), o trigo e o joio nascem, vivem e crescem juntos lado a lado, compartilhando o mesmo terreno, nutrientes, água e Sol (Mateus 5:45). De igual modo, as ovelhas e os bodes apascentam juntos no mesmo pasto/campo (Romanos 15:9; I Coríntios 11:19, II Coríntios 11:26; II Pedro 2:1). Somente o Senhor da plantação e Pastor do rebanho é que define e separa o trigo do joio e as ovelhas dos bodes (Mateus 13:27-30,49 e 25:32-33).

Isso pode trazer certa confusão ou aparente contradição pra os leigos. Apesar de que o cristão deve evitar o companheirismo, a companhia ou a amizade de certas pessoas tidas como prejudiciais, má influência, contaminadoras ou corruptoras, esta é uma exceção à regra. Isso somente ocorre em determinadas e específicas circunstâncias. Assim em todo lugar onde o cristão não é aceito como tal ou as pessoas conhecem a Palavra de Deus e a rejeitam, ou seja, blasfemos (Mateus 7:23 e 12:31; Efésios 4:31; I Timóteo 1:20), apóstatas e hereges (Hebreus 6:4-8 e 10:26; II Pedro 2:20; Romanos 16:17), ou ele (cristão) se afasta ou se apostata (Mateus 7:23 e 10:14; Tito 3:10; II João 1:10 e 9:11; I Coríntios 5:1-5,11-12; II Tessalonicenses 3:6,14; II Timóteo 3:1-8; II Pedro 2:1). No mais, é determinado viver entre os pagãos, ímpios, incrédulos, céticos, ateus, agnósticos, idólatras e aqueles que desconhecem a Deus e sua Palavra (Atos 17:30 e Hebreus 5:2) para servirem de testemunho e evangelização através de seu viver (II Coríntios 3:2; Mateus 5:16 e 10:18; I Timóteo 3:7; I Pedro 3:14-17).

Dos vários judeus que saíram do antigo Egito e perambularam em círculos por quarenta (40) anos no deserto, apenas dois (2) entraram na terra prometida (Canaã). Essa sombra (tipo, arquétipo, representação, simbolismo) da Igreja de Cristo demonstra que os fiéis devem conviver juntos com os ímpios e falsos fiéis que dissimulam (fingem, simulam, atuam, encenam, representam, disfarçam) muito bem (II Coríntios 11:12-15).

Recorda-se que Jesus determinou aos apóstolos para nunca censurarem, proibirem ou impedirem de outras pessoas, sem nenhuma ligação, relações, contato ou afinidade com eles, de pregarem o Evangelho ou de se professarem serem cristãos (Marcos 9:38-40; Lucas 9:49-50; Romanos 14:5; Tito 3:9 e I Coríntios 14:36).

"Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor." (João 10:16).

Todos aqueles que seguem a Jesus Cristo são cristãos (discípulos ou seguidores de Cristo; ou, no grego, "Pequenos Cristos". Significa literalmente: “pertencente ao partido de Cristo” ou um “aderente ou seguidor de Cristo”); esta foi a nomenclatura (nome) pelos quais foram, são e devem ser conhecidos e identificados (Colossenses 3:17). "Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos" (Atos 11:26); porque seus comportamentos, atividades e falas eram como as de Cristo. Assim desta forma devem se apresentar e serem conhecidos (Atos 26:28 e I Pedro 4:16); e, portanto, não se deve inventar outro(s) nome(s) ou apelido(s).

Os escritores bíblicos, dirigindo-se a concrentes ou descrevendo seguidores de Cristo, usaram no início expressões tais como: “crentes no Senhor”, “irmãos” e “discípulos” (Atos 5:14; 6:3 e 15:10), “escolhidos” e “fiéis” (Colossenses 3:12 e I Tito 4:12), “escravos de Deus” e “escravos de Cristo Jesus” (Romanos 6:22 e Filipenses 1:1), “santos”, “congregação de Deus” e os “que invocam o Senhor” (Atos 9:13 e 20:28; I Coríntios 1:2 e II Tito 2:22). Estes termos com sentido doutrinal eram usados primariamente como designações congregacionais internas. Para os de fora, o cristianismo era chamado de “O Caminho” (Atos 9:2; 19:9 e 23; 22:4). Porém deve-se evitar o uso de sinônimos para evitar confusão (I Coríntios 14:33) ou escândalos (Mateus 5:29-30, 17:27 e 18:6-9; João 16:1; Romanos 14:13,21 e 16:17; I Coríntios 8:9,13, 10:28,32 e 14:23; II Coríntios 6:3; Filipenses 1:10; I João 2:10).

Ao utilizarem, se denominarem ou se apresentarem com outra nomenclatura estão negando o vínculo com Cristo e com os seus santos, profetas e apóstolos bíblicos e, todos os que professam a Cristo devem se identificar com todos os santos, profetas e apóstolos bíblicos e, principalmente, acima de tudo, seguir o exemplo do próprio Cristo (do qual são fieis discípulos – Mateus 16:24; João 8:31 e 15:14; Efésios 1:20-22 e 5:23-24; Colossenses 1:18 e 2:10).

Desde antes de Jesus Cristo nascer em carne entre nós, já existia a confusão denominacional entre os judeus. Desse modo havia os saduceus (Mateus 3:7, 16:1,6,11, 22:23,34, Marcos 12:18, Lucas 20:27, Atos 4:1, 5:17, 23:6-8), fariseus (Mateus 3:7, 5:20, 9:11,14,34 12:2,14,24,38 15:12, 16:1,6,11-12, 19:3, 21:45, 22:15,41, 23:2,13-15,23,25-27,29,41,62, Marcos 2:16,18,24, 3:6, 7:1,3,5, 8:11,15, 10:2, 12:13, Lucas 5:17,21,30,33, 6:2,7, 7:30,36,37,39, Lucas 11:37-39,42-44,53, 12:1, 13:31, 14:1,3, 15:2, 16:14, 17:20, 18:10-11, 19:39, João 1:24, 3:1, 4:1, 7:32,45,47-48, 8:3,13, 9:13,15,40, 11:46,47,57, 12:19,42, 18:3, Atos 5:34, 15:5, 23:6-9, 26:5, Filipenses 3:5), zelotes (Mateus 10:4, Marcos 3:18, Lucas 6:15 e Atos 1:13), essênios (que viviam no deserto da Judéia, à margens do Mar Morto), prosélitos (Mateus 23:15, Atos 2:10, 6:5 e 13:43), escribas (Mateus 2:4, 5:20, 7:29, 8:19, 9:3, 12:38, 13:52, 15:1, 16:21, 17:10, 20:18, 21:15, 23:2,13-15,23,25,27,29,34, 26:3,57, 27:41, Marcos 1:22, 2:6,16, 3:22, 7:1,5, 8:31, 9:11,14,16, 10:33, 11;18,27, 12:28,32,35,38, 14:1,43,53, 15:1,31, Lucas 5:21,30, 6:7, 9:22, 11:44,53, 15:2, 19:47, 20:1,19,39,46, 22:2,26, 23:10, João 8:3, Atos 4:5, 6:12, 23:9, I Coríntios 1:20), publicanos (Mateus 5:46-47, 9:10-11, 10:3, 11:19, 18:17, 21:31-32, Marcos 2:15-16, Lucas 3:12, 5:27,29-30, 7:29,34, 15:1, 18:10-11,13, 19:2), herodianos (Mateus 22:16, Marcos 3:6 e 12:13), etc.

Todas essas denominações religiosas dos judeus discordavam entre si (Atos 23:7), mas se uniram (Marcos 15:1) para matarem a Jesus Cristo (Marcos 3:6, 10:33, 11:18 e 14:1,55, Mateus 12:14, 14:5, 20:18, 26:3-4 e 27:1, Lucas 19:47 e 22:2, João 5:16,18, 7:1, 11:47,53 e 12:10, Atos 5:33 e 9:23). No começo ficaram tentando pegar o Senhor Jesus em alguma falha (Mateus 16:1, 19:3, 22:15, Marcos 8:11, 12:13, Lucas 6:7 e 11:53), como não conseguiram encontrar falha Nele, planejaram sua morte e depois escarneceram Dele (Mateus 27:41-42). Do mesmo modo, está previsto (profetizado) nas Escrituras que todas as denominações religiosas, de todas as crenças e credos, se unirão (fundirão) numa só Igreja Mundial Ecumênica e elas batalharão pelo Anti-Cristo contra o Senhor Jesus Cristo e seus santos (Saiba mais: "Ecumenismo ou religiões unidas é obra do Anti-Cristo" em http://igrejacibernetica.blogspot.com.br/2014/06/ecumenismo-ou-religioes-unidas-e-obra.html).

A Bíblia adverte sobre o perigo das doutrinas dos homens (Isaías 29:13; Mateus 15:9 e 16:6-12; Lucas 11:46; Colossenses 2:20-22) e da sabedoria do mundo que é loucura para Deus e, a de Deus é loucura para o mundo (I Coríntios 1:17-29, 2 e 3:19). Desse modo as Escrituras dizem para os cristãos não amarem e nem fazerem amizade com o mundo (Tiago 4:4 e I João 2:15-16).

Em João 8:38-44 vemos as pessoas resistindo a Jesus através da argumentação de que seriam filhos de Abraão (e não do Pai de Cristo).

Jesus Cristo nos mandou em seu nome pregarmos o Evangelho (Lucas 24:27, Mateus 18:20, Marcos 9:39 e 16:17, Atos 9:15, Romanos 9:17 e 15:19, I Coríntios 1:24 e 4:1, II Coríntios 1:1,19); mas hoje em dia cada um prega no seu próprio nome ou no nome de sua denominação religiosa.

Nenhum cristão na Bíblia jamais foi convertido a uma denominação religiosa (feito prosélito – Mateus 23:15). Por causa da pregação do Evangelho por Barnabé e outros em Antioquia, "muita gente se uniu ao Senhor" (Atos 11:24) e não à uma denominação religiosa. Porém, muitos hoje são proselitados à uma organização religiosa. Numa conversa corriqueira (habitual, normal, cotidiana) entre pseudos crentes em Deus, é comum comentários contendo as expressões: “saiu da igreja" ou "voltou para a igreja", onde a palavra “igreja” significa denominação religiosa. Isso demonstra que as pessoas são convertidas às denominações religiosas e não a Jesus Cristo. Pregam, anunciam, enaltecem, glorificam, engradecem, exaltam e são gratos à denominação religiosa ao invés de Jesus. Esses pseudos evangelistas divulgam a pessoa do ministro (padre, pastor, rabino, etc.), a denominação, a teologia, os dogmas, as tradições, as promessas de curas ou de bênçãos materiais... deixando Jesus e sua Palavra de lado.

Afinal, qual é o nome que é digno de louvor e adoração? Qual é o nome pelo qual somos salvos? Claro que é o de Jesus (Atos 2:21 e 4:12; Romanos 10:13; Efésios 1:21; Filipenses 2:9-10; Mateus 18:20; João 14:13 e 14:16); mas o mundo odeia o nome de Jesus e persegue aqueles que invocam esse nome (Mateus 24:9 e 10:22; João 15:18-19; Tiago 4:4; I João 5:19 e Atos 7:54-60).

Qual é o nome que é engrandecido, divulgado, proclamado, estampado, glorificado... o do Senhor Jesus Cristo ou os das denominações religiosas e de outras criaturas, entidades e pessoas?

E quando se referem ao Divino, não citam/invocam o nome do Senhor Jesus Cristo, mas se utilizam de termos genéricos, vagos, lacônicos ou imprecisos (Deus, Senhor, no nome de Deus, Pai, Santo, Paz, Altíssimo, etc.) que são aplicáveis a qualquer pseuda divindade, crença, fé, religião, filosofia, etc.

 A razão disso, é que Satanás e seus filhos (filhos deste mundo e não do Reino celestial – Mateus 13:38, João 14:30, I João 2:15, 3:12 e 5:19, I Coríntios 2:12) proíbem que seja apregoado, pregado, divulgado, proclamado, honrado, louvado, glorificado ... o nome do Senhor Jesus Cristo (Atos 4:16-21 e 5:27-29,40, Mateus 24:9, Marcos 13:13, Lucas 21:17, João 15:18-21). Eles somente/unicamente lembram/invocam o nome de Jesus para conseguirem bênçãos, curas e milagres; mas na hora da pregação, saudação, agradecimento, louvor, etc. usam as expressões genéricas ecumênicas.

Cristãos autênticos são pessoas que não pregam o nome (denominação, placa, rótulo, logomarca, logotipo, razão social, nome fantasia, slogan, etc.) de nenhuma igreja (entidade, pessoa jurídica, organização, grupo, etc.) e de nenhuma pessoa mortal/carnal (padre, pastor, pregador, missionário, etc.); mas sim a Palavra de Deus e a pessoa de Jesus Cristo.

"Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de Cloé que há contendas entre vós. Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo. Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo?" (I Coríntios 1: 11-13).

“Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?
Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais?
Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o SENHOR deu a cada um?
Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.
Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.
Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho.
Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.
Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.
Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Coríntios 3:3-11).

A Bíblia condena veementemente todo aquele que tiver vergonha da pessoa, do nome e da Palavra de Jesus (Marcos 8:38; Lucas 9:26; Romanos 1:16; II Timóteo 1:8,12) ou que negar a Jesus diante dos homens (Mateus 10:33; Lucas 12:9; II Timóteo 2:12). Mas, pelo contrário, abençoa abundantemente quem confessa Jesus perante os homens (Mateus 10:32-33 e Lucas 12:8-9).

No livro de Apocalipse, no versículo 2:3, é elogiada a Igreja (cristãos) que trabalha pelo e no nome de Jesus e, em 2:13 e 3:8, às pessoas que retém/mantêm o nome de Jesus. Já no versículo 3:1 há reprimenda àquelas pessoas (que se dizem pertencer à Igreja de Cristo) que possuem um outro nome (que não o de Jesus) e é um nome como de quem possuem vida, mas na verdade estão mortos espiritualmente (sepulcros caiados – Mateus 23:27); ou seja, são os denominacionais. Já no versículo 3:20 Jesus foi expulso de dentro das igrejas e está batendo na porta (do lado e fora) e quem lhe ouvir (pessoas individualmente e não uma coletividade) é convidado a sair para fora das denominações religiosas (Apocalipse 18:4), como Paulo fez (era da seita dos fariseus) e deu testemunho (Filipenses 3:5).

O Messias (Cristo, Ungido) quando veio ao mundo não foi ministrar seu ministério em nenhum templo (igreja, sinagoga, denominação, organização, etc.), pelo contrário, foi levar sua mensagem (pregar) às pessoas que não frequentavam tais lugares. Ressaltando que pregava, orava e realizava milagres fora dos templos. As poucas vezes (exceções) que Jesus (durante o seu ministério) entrou num templo foi, uma, para ensinar os leigos e não os assíduos frequentadores (Lucas 19:47); duas, para ler a passagem de Isaías para condenar as pessoas do templo e, por isso, elas lhe censuram, repreenderam e o expulsaram à força do templo para matá-lo (Lucas 3:16-29); e, outra vez, para expulsar os mercadores (cambistas, comerciantes, vendedores, etc.) de dentro do templo (Mateus 21;12-13), sendo que as demais vezes, era do lado de fora do templo e depois no deserto e pelas ruas. O Apóstolo Paulo seguiu exatamente os passos de Jesus (Atos 24:11-14).

Confira em II Reis 2:3,5 os denominacionais tentando afastar Eliseu de Elias (e com isso iriam impedi-lo de receber o Espírito Santo: II Reis 2:9-15) através do argumento de que um crente deve ter companheirismo dentro de organização. Elias sempre viveu isolado das coisas do mundo e das pessoas incrédulas, como um ermitão nas montanhas (I Reis 17:2-6 e II Reis 1:8-17), mas Deus era com ele. Em outras palavras, Elias não pertencia a nenhuma denominação religiosa, nenhum grupo organizado, associação, organização, etc. e não frequentava nenhuma reunião, culto, louvor, pregação, etc. com estas pessoas que viviam em apostasia. Ou seja, não participava do companheirismo/comunhão com nenhum grupo religioso organizado de sua época; mas, pelo contrário, Elias vivia sozinho como uma única brasa ardente que não extingue o fogo, mas o alimenta. Elias serviu a Deus, mas os denominacionais dizem que é impossível existir ou subsistir uma fogueira (igreja, Espírito Santo) sem várias brasas e que uma brasa ou pedaço de lenha fora da fogueira, terá o fogo extinto/apagado. Similarmente a Elias, também, João Batista no deserto (Mateus 3:1,13, Marcos 1:4,9, Lucas 3:2) não teve companheirismo como nenhuma entidade religiosa de sua época. Ou por acaso João Batista pregou em algum templo/igreja?

A palavra grega "ekklesia", que é geralmente traduzida por “igreja”, é uma combinação (junção) de dois radicais gregos: "ek" que significa "para fora" e "klesia" que significa "chamados"; portanto, ekklesia" significa “os chamados para fora”.

"E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas." (Apocalipse 18:4).

"Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas.
A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas, e as traz para fora." (João 10:2-3).

"E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei;" (II Coríntios 6:16-17).

A Bíblia é repleta de relatos sobre Deus retirar as pessoas de dentro das instituições, organizações, entidades, denominações... ou seja, dos lugares e pessoas ditos santos pelos homens (Números 16:21, Levítico 20:26, Oseias 2:14, Isaías 52:11, Jeremias 51:45, Salmos 78:52, Apocalipse 18:4). Como, por exemplo, o fato de que Jesus, João Batista e nenhum dos apóstolos terem feito parte de alguma denominação religiosa (saduceus, fariseus, zelotes, helênicos, etc.).

"Porque o que é chamado pelo Senhor, sendo servo, é liberto do Senhor; e da mesma maneira também o que é chamado sendo livre, servo é de Cristo.
Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens." (I Coríntios 7:22-23).

Confira o estudo: "A águia criada como se fosse galinha" em http://igrejacibernetica.blogspot.com.br/2015/05/a-aguia-criada-como-se-fosse-galinha.html

Quem toma o lugar de Cristo (se passa por Deus para receber a adoração devida a Deus) é um Anticristo (Mateus 4:8-10 e 24:5,15,24, Marcos 13:6, Romanos 1:25, II Coríntios 11:14, II Tessalonicenses 2:4,9,  I João 2:22 e Apocalipse 13 e 17)!

Em Gênesis 11:4-9 a Bíblia relata sobre a Torre de Babel, a qual consistiu na primeira tentativa de uma religião/igreja universal/ecumênica para que todos falassem a mesma língua, utilizassem os mesmos termos, designações, nomenclaturas, rituais, liturgias e credos genéricos desprezando-se o nome de Deus e os rituais/cerimônias prescritos por Deus. Trocaram a Palavra de Deus pelas palavras dos homens.

O primeiro passo foi começar a idolatrar o sacerdote (padre, rabino, pastor, pregador, missionário, etc.) no lugar de Deus; depois começar a idolatrar o templo e esquecer quem habita o Templo/Tabernáculo. O templo (suas paredes, suas cores, seu design, sua estrutura, seu desenho, seu nome, sua localização, sua fachada, etc.) não pode receber mais atenção, dedicação, empenho, sacrifício, devoção, adoração, respeito, proteção do que ao próprio Deus. Idolatram o pregador e a denominação religiosa, mas esquecem de Deus.

Toda adoração, louvor, culto, oração, graças... que não é feito a Jesus é idolatria. Somente a Jesus devemos direcionar nossa fé/crença (Romanos 3:26; Atos 3:26) e prestar culto (Mateus 4:10); somente a Ele devemos dobrar os joelhos (Filipenses 2:10) e dirigir nossas orações (João 14:13); somente Ele é digno de louvor e adoração. Somente o nome de Jesus devemos invocar (Salmos 18:3; Romanos 10:13), pois o nome Dele é sobre todo nome (Filipenses 2:9; Atos 4:10) e somente pelo nome Dele (e por Ele) é que somos salvos (Atos 10:43, Romanos 10:13; Isaias 53) e devemos nos reunir (Mateus 18:20). Inclusive, Cristo é o único verdadeiro Sacerdote (Hebreus 4:14 e 7:17), pois é o único Intermediador entre Deus e os homens (I Timóteo 2:5; Atos 4:12 e 16:31; João 14:6; Romanos 10:13).

Somente por e pelo nome de Jesus Cristo (João 1:12 e 3:18, Atos 2:21, I Coríntios 6:11 e I João 2:12), sua pessoa e sacrifício é que somos salvos (João 5:43) e não através de outra coisa, pessoa ou nome (denominação religiosa, criatura, etc.). Assim hoje em dia em vez de dizerem que são de (pertencem à) Jesus Cristo, dizem que são da (pertencem à) denominação religiosa tal. Em vez de dizerem que são cristãos, dizem que são denominacionais (pertenço a tal denominação).

Não é colocando os nossos nomes num livro de membros de determinada denominação religiosa que seremos salvos. A carteirinha de membro de alguma denominação religiosa não significa um ingresso/passagem para o Reino dos Céus. Somos salvos se nossos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro; Jesus Cristo (Apocalipse 21:27 e Êxodo 32:33).

Os profetas (enviados, mensageiros) de Deus não vieram em seus próprios nomes ou no nome de alguma organização ou denominação religiosa; mas vieram no nome do Senhor Deus (Jesus). As palavras que eles nos trouxeram não são deles mesmos, mas de Deus. Os santos e profetas relatados nas Escrituras apenas nos apontam o Senhor Jesus Cristo (como uma bússola que aponta o Norte ou uma lanterna que ilumina o caminho nas trevas – Salmos 119:105) e condenam a idolatria (suas endeusificações). Devemos nos ater a mensagem das pessoas enviadas por Deus, mas não devemos colocá-las (essas pessoas) num pedestal/altar e adorá-las como se fossem o próprio Deus. Não devemos adorá-los, mas sim observar a mensagem de Deus dada por meio deles. Há um ditado que bem resume isso: “Quando o sábio aponta a lua, o louco olha o dedo”.

Com a adoração ao pregador maior (ao líder da grande e “santa” igreja ecumênica) passou, de início, a tê-lo como um representante de Deus na Terra e, depois, a tratá-lo como se fosse o próprio Deus. Não consultam mais a Deus, mas sim a liderança humana que colocaram no lugar do Espírito Santo (João 16:13; Atos 10:19-20, 13:2 e 16:6; Romanos 8:14). Com essas atitudes que, pouco a pouco, foram desviando a adoração a Deus para outras pessoas, criaturas e objetos acabaram, por fim, a expulsar a Deus de dentro da sua própria Igreja (tabernáculo, morada, templo). No livro de Apocalipse Jesus Cristo está do lado de fora de sua própria Igreja batendo na porta querendo entrar de volta, mas não lhe abrem a porta (Apocalipse 3:20).

Do mesmo modo que Jesus foi expulso dos templos, Ele disse que isso também aconteceria com os seus seguidores (João 16:1-3), inclusive que seriam até mesmo açoitados dentro das igrejas (Mateus 10:17), como aconteceu com o profeta Jeremias (Jeremias 26:9) e com Zacarias (Mateus 23:35 e II Crônicas 24:20-22); pois, justamente, em lugares ditos santos (templos, igrejas, sinagogas, etc.) é que estaria a “abominação da desolação” (Mateus 24:15), ou seja, a sinagoga de Satanás (Apocalipse 2:9), conforme profetizou Ezequiel (9:6 e 23:38-39).

Ora, a quem devemos cultuar: ao templo de tijolos, a denominação religiosa ou ao próprio Deus? Jesus nos dá a resposta: “Aqui está quem é maior que o templo” (Mateus 12:6). Pois o verdadeiro tabernáculo (templo, morada, habitação, casa, imagem, etc.) de Deus é o próprio Jesus (Hebreus 8:1-2 e 9:11, Colossenses 1:15; Apocalipse 21:22).

A única e exclusiva pessoa que nos salva é o Senhor Jesus Cristo (Romanos 5 e 6:23) e não alguma denominação religiosa, igreja, templo, religião, obras, penitências, filosofia de vida ou pessoa jurídica. Não há salvação em nenhuma outra pessoa, ser, entidade, criatura, atividade, coisa, ato ou crença.

Nenhuma igreja, denominação religiosa, pessoa jurídica, religião, filosofia de vida, ritual, ato humano, penitência, entidade, criatura, atividade, associação, organização, templo de pedras/tijolos, grupo, pessoa carnal/mortal, pregador, pastor, missionário, profeta, crença pessoal, etc. podem fazer o mesmo que Jesus Cristo fez e faz por nós. Nenhuma dessas outras pessoas ou coisas (substitutivos) é sem pecado (nunca pecou) ou é perfeita. Absolutamente ninguém e nada pode substituir a pessoa e o sacrifício de Jesus Cristo.

Assim, nos dias atuais é cometido o pecado de idolatria (Deuteronômio 6:5, 6:13 e 10:20, Mateus 4:10 e 22:37) às denominações religiosas (templos de tijolos, organizações, entidades, pessoas jurídicas, etc.). Veja Jeremias 7:4. As pessoas não dizem orgulhosas de serem cristãs, mas sim, que são católicas, batistas, presbiterianas, metodistas, luteranas, anglicanas, assembleianas, ortodoxas, etc. Leia: I Coríntios 1:12-15 e 3:3-5. Trocaram o nome de Deus (Jesus – Filipenses 2:10) pelo nome das denominações religiosas. Ou seja, expulsaram Jesus para fora de sua própria igreja (Apocalipse 3:20).

Por acaso, caberia a plenitude de Deus em pedras, tijolos, em templos construídos pelos homens? Poderia os homens fazer um templo a altura de Deus? Seria possível aos homens construírem um templo digno para Deus? Claro que não (At 7:48-49 e 17:24)! As Escrituras dizem que Deus não habita em templos construídos por mãos humanas (Atos 7:48 e 17:24) e que aqueles que guardam suas Palavras é que são templos de Deus (Apocalipse 21:22; I Coríntios 3:16-17). A Bíblia relata quando os homens começaram com a ideia de querer construir uma casa (templo, tabernáculo, santuário) para Deus e diz que Deus demoliu tal coisa (Genesis 11:3-9). O Templo de Deus não são as pedras, os tijolos, as paredes, etc., mas sim o próprio Cristo (Colossenses 2:9) e os seus santos, os quais são a verdadeira Igreja.

O Rei Davi, de livre e espontânea vontade, quis construir um templo para Deus, mas Deus o questionou perguntando-lhe se por acaso Ele o tinha ordenado a fazer tal coisa e disse-lhe que Ele orientaria seu filho Salomão sobre isso (II Samuel 7; I Reis 5:5 e 8:18-19). Nenhum homem, ou melhor, nem todos os homens do mundo/Terra juntos e nem toda a ciência/tecnologia do mundo consegue construir um templo prefeito para Deus. Acaso os homens sabem mais que Deus?

Acaso se consegue imaginar um local na Terra mais sagrado que o Templo de Deus feito pelo Rei Salomão (I Reis 6) sob a orientação direta de Deus (I Reis 4:29-30)? Deus ordenou e coordenou a construção do Templo, abençoou a obra e o lugar e, ainda, disse que todas as orações que fossem feitas naquele lugar, Ele as ouviria. Mas, nem isso vale mais hoje em dia, pois atualmente pode-se invocar a Deus de qualquer lugar do Universo (Salmos 139:7 e 145:18) e a qualquer hora, instante, situação ou momento, não sendo mais preciso estar no Templo feito por Salomão!

"À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso SENHOR Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:" (I Coríntios 1:2).

Portanto, nem mesmo o templo feito diretamente sob a orientação de Deus era para ser idolatrado. Em Jeremias 7:4 Deus condena a idolatria ao seu templo e em Mateus 12:6 Jesus disse que Ele é maior que o templo.

A maioria das pessoas pensa que se não frequentarem a igreja (denominação, templo de tijolos) irão arder no Inferno. Por acaso consta tal coisa na Bíblia? Claro que não! As Escrituras dizem que devemos observar a Palavra de Deus (e não as dos homens) e que devemos em todo lugar louvar, adorar e orar ao Senhor Jesus. A Bíblia relata os pensamentos dessas pessoas:

Êxodo 14:11 – “Disseram a Moisés: Será por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito?”

Êxodo 16:03 – “disseram-lhes os filhos de Israel: Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do Senhor na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, e comíamos pão a fartar! Pois nos trouxestes a este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão.”

Ao uma pessoa entrar numa garagem ou ir num posto de gasolina não a transforma num automóvel. O fato de eu entrar na água não me transforma num peixe. Se eu entrar num curral não irei virar um gado. Se eu enterrar meus pés na terra, isso não me faz ser uma árvore... nem o ir à um templo ou denominação religiosa faz de alguém um cristão.

Não são os sistemas, as igrejas, as denominações religiosas, os pregadores, os templos... que nos salvam. O único Salvador é Jesus Cristo e o único meio é aceitar o seu sacrifício na cruz do Calvário e guardar a Palavra de Deus.

Não havia por mais de 300 anos da era cristã uma denominação religiosa do Cristianismo; havia tão somente a Igreja cristã. Bastavam duas ou três pessoas para se ter uma comunidade cristã (Mateus 18:20). Todos aqueles que sucederam os apóstolos, que continuaram a obra de pregação do evangelho, eles nunca foram denominados católicos. Tais, como por exemplos, Cleto (69 DC), Clemente (95 DC), Justino (100 DC), Ignácio (110 DC), Higino (139 DC), Policarpo (155 DC), Irineu (180 DC), Vicente (310 DC) e Silvestre, nunca falaram que eram católicos ou que pertenciam à igreja católica, vez que sequer existia a denominação Igreja Católica Apostólica Romana.

Nos registros históricos e bíblicos dos atos de Cristo, de seus discípulos, dos apóstolos, dos santos, dos profetas e dos cristãos antes da intervenção do imperador romano Constantino, nunca houve uma organização ou denominação religiosa dos cristãos. E isso confundia os pagãos que acabavam tendo dificuldade em identificar os cristãos e, principalmente, onde se reuniam e quem os liderava ou representava.

A primeira denominação religiosa da Cristandade foi a Igreja Católica, a qual, por sua vez gerou suas filhas, as que se auto intitularam e proclamaram igrejas evangélicas (“nome de quem vive” – Apocalipse 3:1) imitando as práticas da mãe, não negando de onde vieram (Apocalipse 17:5, Ezequiel 16:35-37,44, Oséias 2:2-5 e 5:4; II Reis 9:22).

A Igreja recebeu o nome "Católica" somente no ano de 381 no concílio de Constantinopla com o decreto "Conctus Populos" dirigido pelo imperador romano Teodósio. Porém foi somente no concílio de Trento realizado entre 1545 e 1563 que foi oficializada a expressão "Igreja Católica Apostólica Romana" para designar a Igreja cristã que tem sua sede em Roma e também em reação às Igrejas Protestantes a partir da Reforma. Em síntese, a "Igreja Católica" foi fundada pelos imperadores romanos Constantino e Teodósio entre os anos 325 e 381.

No século IV, Constantino ascendeu ao posto de Imperador. Este apoiou o Cristianismo e seu sucessor, Teodósio (378/95), transformou o Cristianismo em religião oficial do Império Romano. Assim sendo, muitos ímpios se tornaram cristãos por motivos políticos e escusos. Constantino convocou em 325 d.C. o Concílio de Nicéia onde começou a surgir o catolicismo romano influenciado por doutrinas pagãs, embora ainda houvesse muita pureza na maioria dos cristãos.

Com o apoio do Imperador Constantino e de seus sucessores, a igreja católica tornou-se a religião oficial de Roma e os seus bispos, “cristãos”, outrora alvos de perseguições, prisão, tortura, execuções, etc. passaram a receber isenção de impostos, dádivas do tesouro imperial, prestígio, influência nos tribunais e, assim, a igreja ganhou riquezas, poder, destaque e prestígio. De perseguidora, Roma passou a ser aparentemente protetora do Cristianismo e perseguidora de todos aqueles que se opunham a igreja católica apostólica romana.

Nesta mesma época, havia grupos de cristãos que permaneciam fieis à doutrina de Jesus Cristo e dos Apóstolos, mas eram perseguidos e exterminados por serem considerados infiéis e hereges.

Parábola da galinha e do faisão: A galinha observava o faisão à distância sempre que podia. O pobre animal passava dias seguidos com fome, tinha muita dificuldade em encontrar água e comida e nem sempre achava um lugar confortável e seguro onde pudesse dormir ou se abrigar. Todo dia era uma luta. Vivia correndo atrás de seu alimento ou de seus predadores. Tinha que estar atento a todo instante para não ser devorado pelos predadores e para poder encontrar alimento. Certa tarde, a galinha aproveitou uma oportunidade e resolveu conversar com ele. "Veja como estou bem", disse ela para o faisão. "Tenho um dono que me cuida, um lugar para beber água quando quero e sempre me colocam milho suficiente para comer com fartura. Por que você não experimenta levar o meu tipo de vida?", completou a galinha. "Porque tudo isto que você me descreveu acontece dentro de um galinheiro", respondeu o faisão. "Prefiro passar por dificuldades em liberdade a ter o paraíso dentro de uma jaula", respondeu o esperto faisão.

Na passagem do batismo do eunuco etíope (Atos 8:26-39), mostra que a pregação da Palavra não foi dentro de um templo ou igreja, não foi num horário pré-estabelecido num local pré-determinado... A pregação e o batismo foram ao ar livre e não dentro de quatro paredes. E, ainda, após a pregação e o batismo, nada foi dito do eunuco etíope ter que ir ou frequentar uma organização religiosa.

A Igreja primitiva era liderada pelo Espírito Santo (Deuteronômio 31:8; Atos 8:9, 11:12, 13:2,4, 16:6-7, 20:23 e 21:4; I Coríntios 2:10,13 e 12:3; II Pedro 1:21; Romanos 8:1,4; Gálatas 5:18 e Efésios 3:5) e não possuía uma liderança humana (Salmos 48:18; João 16:13; Romanos 8:14; Mateus 15:14). Não existe, portanto, tal coisa de “trono de Pedro”. Pedro nunca reinou ou teve trono na Igreja (Salmos 45:6; Hebreus 1:8), e nunca foi considerado autoridade máxima na Igreja (Gálatas 2:2,11,14 e II Pedro 3:15-16), como também Davi não foi (II Samuel 12:1-14); ambos e todos, eram submissos à Palavra de Deus, principalmente na forma de revelação Divina dada aos profetas (Amós 3:7). Quando Israel quis um rei (um homem), para governar sobre eles (como as nações [pagãos] ao redor deles tinham – I Samuel 8:5,19-20), eles estavam desprezando a liderança do Espírito Santo sobre eles (I Samuel 8:7 e 12:12; Isaias 33:22), além de desobedecerem Levítico 20:23.

Apesar disso Deus consentiu (vontade permissiva [tolerância] e não vontade original) que tivessem um rei humano sobre eles, o qual era apenas um peso a mais em seus fardos (I Samuel 12:13-20), mas todos (inclusive o rei humano) eram submissos à liderança do Espírito Santo (II Samuel 12:1-14); e, na Igreja cristã primitiva, não houve nenhum líder humano, senão Cristo (corpo concebido e formado no ventre de Maria pelo Espírito Santo e sem intervenção/participação humana, Ungido pelo Espírito Santo; ou seja, seu Pai é o Espírito Santo [Mateus 1:18,20], O qual também habita dentro Dele - Colossenses 2:9 e 1:15-19; Jeremias 10:10; João 12:15 e Apocalipse 17:14), que continua sendo o único líder na Igreja (Atos 26:14-18 e 16:6-7; João 5:19).

Toda organização, movimento, grupo, empresa, entidade, associação, sindicato, fundação, clube, ong, org, etc. ao se tornar pessoa jurídica (ter CNPJ), passa a estar formalmente vinculado e submisso ao Estado (governo secular, leis dos homens) de onde se encontra; vez que se compromete a obedecer as suas leis, sejam elas justas ou injustas, morais ou imorais, éticas ou antiéticas, lícitas ou ilícitas, boas ou más, benéficas ou prejudiciais, santas ou demoníacas, etc.

Uma vez que a organização religiosa firmou compromisso de ser obediente ao Estado e as leis dos homens, não há lugar para Deus!

"Mas o meu povo não quis ouvir a minha voz, e Israel não me quis.
Portanto eu os entreguei aos desejos dos seus corações, e andaram nos seus próprios conselhos." (Salmos 81:11-12).

"Mas isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem.
Mas não ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos, mas andaram nos seus próprios conselhos, no propósito do seu coração malvado; e andaram para trás, e não para diante." (Jeremias 7:23-24).

"AI dos filhos rebeldes, diz o SENHOR, que tomam conselho, mas não de mim; e que se cobrem, com uma cobertura, mas não do meu espírito, para acrescentarem pecado sobre pecado;
Que descem ao Egito, sem pedirem o meu conselho; para se fortificarem com a força de Faraó, e para confiarem na sombra do Egito.
Porque a força de Faraó se vos tornará em vergonha, e a confiança na sombra do Egito em confusão." (Isaías 30:1-3).

"Mas isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem.
Mas não ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos, mas andaram nos seus próprios conselhos, no propósito do seu coração malvado; e andaram para trás, e não para diante.
Desde o dia em que vossos pais saíram da terra do Egito, até hoje, enviei-vos todos os meus servos, os profetas, todos os dias madrugando e enviando-os.
Mas não me deram ouvidos, nem inclinaram os seus ouvidos, mas endureceram a sua cerviz, e fizeram pior do que seus pais.
Dir-lhes-ás, pois, todas estas palavras, mas não te darão ouvidos; chamá-los-ás, mas não te responderão.
E lhes dirás: Esta é a nação que não deu ouvidos à voz do SENHOR seu Deus e não aceitou a correção; já pereceu a verdade, e foi cortada da sua boca.
Corta o teu cabelo e lança-o de ti, e levanta um pranto sobre as alturas; porque já o SENHOR rejeitou e desamparou a geração do seu furor." (Jeremias 7:23-29).

"E, quando ofereceis os vossos dons, e fazeis passar os vossos filhos pelo fogo, não é certo que estais contaminados com todos os vossos ídolos, até este dia? E vós me consultaríeis, ó casa de Israel? Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que vós não me consultareis." (Ezequiel 20:31).

"Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça,
Revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue,
Nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco." (Gálatas 1:15-17).

E, um cristão, deve ter em mente que sua pátria é celestial (e não terrena):

"E Moisés edificou um altar, ao qual chamou: O SENHOR É MINHA BANDEIRA." (Êxodo 17:15).

"Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo," (Filipenses 3:20).

"Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra." (Hebreus 11:13).

"Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura." (Hebreus 13:14).

O Estatuto Social de uma organização é seu regramento interno (define quem manda, quais pessoas fazem o quê, como são investidos os líderes, etc.) e toda denominação religiosa possui o seu; mas em nenhuma delas conta questões cruciais tais como, por exemplos: que a liderança pertence a Jesus Cristo e seu Espírito Santo; que a Palavra de Deus e a revelação divina prevalecem sobre o estatuto; que Jesus Cristo e/ou o Espírito Santo possuem preeminência nata e autoridade suprema em tudo, sobre todos e em todos os momentos, circunstâncias, lugares e horários; que a qualquer instante Deus pode, pessoalmente ou por um mensageiro, interromper os trabalhos e/ou questionar, admoestar, repreender, criticar, condenar, destituir, expulsar ou nomear a qualquer pessoa para qualquer cargo, ministério, função, missão, atividade ou tarefa; etc.

Assim, o Estatuto Social é como a certidão de nascimento da pessoa jurídica. Assim quando um grupo de cristãos faz tal coisa (institui uma pessoa jurídica) está negando o vínculo com os cristãos de Pentecostes; pois estão declarando que a igreja a que eles pertencem surgiu a partir do registro do seu Estatuto Social. E, pior, estão declarando que quem criou tal igreja foram seres humanos (e não Deus).

Diversamente de uma empresa, a Igreja de Cristo não possui matriz e filiais ante a liberdade que há no Espírito Santo (II Coríntios 3:17, Gálatas 2:4 e Romanos 6:14 e 7:6) e pela autonomia e independência entre os irmãos (II Coríntios 1:12; I Timóteo 1:5 e 3:9). Ela apenas possui ordenamento geral (básico, simples, essencial, mínimo...); ou seja, suas regras gerais comuns não são exaustivas (não especifica os mínimos detalhes, pormenores, minúcias, particularidades, etc.).

Desse como, como nos estatutos constam as prescrições (determinações, regras, leis...) de como devem ser as coisas, tarefas, rituais, nomeações... não há espaço (liberdade, autorização, permissão) para Jesus e seu Espírito Santo atuarem e, assim, estão expulsos para fora.

Como essas pessoas organizadas por elas mesmas já sabem o que, como, onde e quando farão as coisas, já estando decididas, convictas e determinadas, não consultam a Deus, deixando-o de lado/fora e agem por si mesmas (Lucas 7:30).

A denominação religiosa representa o homem querendo ser mais sábio que Deus e querendo mandar em Deus enquanto que a Igreja de Cristo é totalmente submissa a Jesus e seu Espírito Santo. A Igreja de Jesus faz tudo conforme, quando, onde, como e com quem o Espírito Santo ordena; mas a igreja dos homens já possui tudo pré-decidido, pré-determinado e pré-estabelecido pelos homens, não permitindo nenhuma improvisação, espontaneidade ou mudanças de última hora.

A igreja se tornar uma pessoa jurídica é como uma noiva (compromisso verbal e informal) se casar com outra pessoa no cartório de registro civil (ato formal e burocrático de reconhecimento estatal para o casamento).

Com a instituição da denominação religiosa as pessoas trocam a liderança do Espírito Santo pela liderança humana. Em vez de seguirem a voz/ordem do Espírito Santo essas pessoas seguem manuais escritos pelos homens (estatutos e contratos sociais), cumprem itinerários, horários e agendas e compromissos elaborados pelos homens. Tudo lhes é minuciosamente programado pelos homens como ocorre em qualquer empresa organizada. Deus nos ordena a pregar o Evangelho a todo tempo e em todo lugar, seja em momento propício/oportuno ou não (II Timóteo 4:2) e não apenas em horários e locais pré-determinados pelos homens.

"Dizendo: Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina, e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem.
Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens." (Atos 5:28-29).

"Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo:
Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim.
Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens." (Mateus 15:7-9).

Com a troca da liderança do Espírito Santo por uma liderança carnal, instituída fica a hierarquia dentro das igrejas. Na igreja de Jesus Cristo nunca houve hierarquia. Prova disso é que Paulo repreendeu severamente em público a Pedro e, inclusive, lhe esbofeteou (Gálatas 2:11-14); semelhantemente como Natã repreendeu ao Rei Davi em seu palácio (II Samuel 12). Essa hierarquia eclesiástica foi herdada do império romano, inserida na Igreja Católica e dela passou às suas filhas (igrejas evangélicas).

O Espírito Santo é dinâmico (se move) e não estático (parado, congelado, preso, adormecido...). Assim, apesar de ter uma pessoa preferencial em cada época, Ele, no mesmo período e lugar, pode operar (ungir) através de outras pessoas (não há exclusividade e nem permanência integral: até de Cristo houve momentos em que o Espírito Santo saiu Dele) para que a pessoa não se vanglorie (soberba, vaidade, orgulho...). Exemplos: os apóstolos ministrando juntos o poder do Espírito Santo; Davi e Natã; Moisés e seus irmãos Arão e Miriã (Êxodo 7:1 e 15:20; Números 26:59) e, também, o sogro de Moisés, Jetro (Êxodo 18:14-26).

Explica-se. A Igreja de Cristo não possui rígida, minuciosa e complexa hierarquia estrutural, organizacional ou militar (Mateus 20:25-28; Lucas 22:23-27; Atos 8:14 e 15:13,19; I Pedro 5:1-6). Seu líder máximo é o Espírito Santo (João 5:19,30, 6:45,65, 8:28 e 14:31; Atos 13:2,4, 16:6 e 20:28; Efésios 4:6; I Coríntios 2:13), que pode dar instruções (coletivas ou individual, gerais ou específicas), diretamente a qualquer membro ou através de algum mensageiro (membro ou não) à sua livre escolha (independentemente de sua posição no grupo, de seu grau de conhecimento, de suas habilidades, de sua localidade, de sua idade, de sua popularidade ou rejeição, etc.).

Não se pode confundir "igreja" com "denominação" ou "organização/liderança humana". A ligação entre os cristãos é espiritual e não carnal, organizacional, física... Não se pode confundir "perseverar na fé dos santos, na Palavra de Jesus" com o meramente frequentar uma denominação ou um culto. É muito além disso, pois isso qualquer incrédulo, cético, agnóstico, ateu, gnóstico, demônio, animal... pode fazê-lo.

Vejamos o exemplo do rei Davi. Apesar de ele ser o rei (autoridade, estar no comando), ele consultava a Deus antes de se decidir ou fazer as coisas; portanto, Davi se submetia à autoridade e liderança do Espírito Santo. E, detalhe, Davi não se julgava o único com quem Deus falava; mas, humildemente, aceitou ser humilhado dentro de seu palácio através da admoestação pública feita por outro profeta que Deus lhe enviou para correção. Outro detalhe, antes de Davi, Saul era o rei, mas em razão de seus erros, Deus cassou sua nomeação; porém Saul se recusou a acatar sua deposição por Deus. Quantos reis Sauls existem nas organizações religiosas?

Que denominação religiosa permite a um estranho invadir, interromper e atrapalhar os trabalhos ou a pregação? E se esse estranho se parecer com um mendigo ou morador de rua?

Que organização religiosa concede a palavra a um estranho para lhe repreender, falar mal, acusar e condenar?

Quem é que manda em quem? A igreja manda em Jesus ou Jesus manda na Igreja?

Se o pregador já tem seu sermão pronto para ser lido, como Jesus lhe colocará suas palavras na boca do pregador?

Se a organização religiosa vota em Barrabás, como Jesus pode abençoa-la?

Que denominação religiosa receberia um profeta de Deus que não fosse seu membro?

Que líder religioso denominacional receberia um profeta de Deus sem que tivesse agendado horário?

Como poderia o menino Davi, chegar do nada, tomar o lugar de um soldado de um exército organizado e lutar contra o gigante Golias (I Samuel 17)?

Qual denominação religiosa aceita ou reconhece a comissão divina para um pregador, missionário ou profeta que não faça parte de sua organização e não tenha formação universitária em Teologia?

Um ministro de Deus precisa ser oficializado e reconhecido pelo Estado?

"Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.
Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens.
Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo." (Gálatas 1:10-12).

Qual ente estatal ou qual denominação religiosa ordenou/consagrou a João Batista e a Jesus como ministros? Nenhuma! (Mateus 21:23; Marcos 11:28 e Lucas 20:2). Quem autoriza a pregar é Deus e não os homens (Marcos 5:18-20).

“Por acaso é a aprovação de homens que estou procurando, ou é aprovação de Deus? Ou estou procurando agradar homens? Se estivesse procurando agradar homens, eu já não seria servo de Cristo.’’ (Gálatas 1:10).

Provas cabais de que os conselhos dos homens (democracia, votações, eleições, debates, conferências, concílios, etc.) são perigosos, é que a rebelião contra Moisés (o enviado de Deus) foi fruto de um debate (Números 26:9); bem como, em outra ocasião, bastou Moisés se ausentar por algum tempo, que as pessoas entraram em debate se decidiram fazer o bezerro de ouro para ser adorado como se fosse Deus (Êxodo 23:2 e 32:1-4; I Reis 12:28; II Crônicas 13:8). Nos dias atuais, o bezerro de ouro são as denominações religiosas.

Em Josué 9 mostra que, por falta de consultar a Deus (versículo 14), foram enganados e caíram em erro. Em tudo devemos consultar a Deus como Davi fazia (I Samuel 23:2,4 e 30:8; II Samuel 2:1, 5:19,23 e 21:1). Quando Davi consultou seus generais (I Crônicas 13:1 e II Samuel 6:1) e a congregação (I Crônicas 13:4), ao invés de consultar a Deus, sobre trazer a arca da aliança de Quiriate-Jearim, acabou ocorrendo um incidente (os bois tropeçaram) e Deus matou Uzá por ter tocado na arca que iria cair da carroça (I Crônicas 13:9-10).

Mas por que essa insistência de criarem uma denominação religiosa? As razões principais são o reconhecimento estatal e a isenção tributária. Tal como Balaão (Números 22:7, Neemias 13:2, II Pedro 2:15 e Judas 1:11) e Judas Iscariotes esses ministros religiosos se vendem por dinheiro (Mateus 13:22) e por status social. Outro detalhe é que Paulo trabalhava para pagar seu próprio sustento (Atos 18:3 e 20:34; I Coríntios 4:12; II Tessalonicenses 3:8); ou seja, não era custeado ou sustentado pelos irmãos (I Tessalonicenses 2:9).

Ao contrário desses crentes carnais ou racionais, Jesus Cristo pagou tributo (imposto) por pregar a Palavra de Deus (Mateus 17:24-27 e 22:17-21 e Romanos 13:6-7) e nunca formou ou fundou uma organização ou pessoa jurídica.

Todo aquele que se professa cristão e busca reconhecimento dos homens e/ou do mundo (honrarias, gratidões, condecorações, agraciamentos, elogios, louvores, gratidão, aplausos, medalhas, etc.) “já receberam sua recompensa” (Mateus 6:2,5). Lembrando que os falsos profetas sempre foram ovacionados (recebidos, elogiados, aplaudidos, condecorados, etc.) pelos homens (Lucas 6:26 e 16:15).


Tal como outras entidades mundiais, a adesão ao Ecumenismo é feita, normalmente, através de representantes ou de forma grupal através da estrutura hierárquica. Ao frequentar ou se tornar membro de uma associação ou denominação religiosa ou se sujeitar a um ministro religioso, está instituindo-lhe como seu guia (líder) e outorgando-lhe procuração (poder de representação); com o que as palavras, assinaturas, atos, ensinamentos e acordos que ele realiza lhe envolvem. Assim, de forma similar, como existem os sindicatos, que se filiam a ente sindical de caráter estadual ou regional, o qual se filia a outro de nível nacional, que por sua vez se filia ao de nível internacional e, este, por fim, ainda se filia a outra entidade mundial. Saiba mais: "Ecumenismo ou religiões unidas é obra do Anti-Cristo" em http://igrejacibernetica.blogspot.com.br/2014/06/ecumenismo-ou-religioes-unidas-e-obra.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário